segunda-feira, 2 de novembro de 2009

INFECTOLOGIA

Infectologia é a especialidade médica que se ocupa do estudo das doenças causada por microorganismos, sejam eles bactérias, vírus, protozoários, ou fungos. algumas infecções sao causadas por 'particulas protéicas', os prions, como no caso da doença da vaca louca. A infectologia também é chamada de "doenças infecto-parasitárias" (DIP).
No Brasil, a infectologia é uma especialidade médica, reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, sendo determinado que, além do curso de Medicina, o profissional deva fazer uma Residência médica de três anos de duração. O infectologista atua na prevenção primária (educação em saúde, vacinação ect.) e na prevenção secundária (tratamento de doenças infecciosas e prevenção de incapacidade causadas por estas doenças). O foco do infectologista é na prevenção de doenças ou agravos ocasionados por agentes infecciosos e animais peçonhentos. A infectologia possui um aspecto presente em poucas especialidades médicas, pois dentro do paradigma cartesiano atual da medicina, o corpo é dividido anatomicamente ao estudo, sendo comum o conhecimento de especialidades como a cardiologia (coração), pneumologia (pulmão), ortopedia (osso), dermatologia (pele), oftalmologia (olho), neurologia (sistema nervoso) e por assim em diante. Porém a infectologia, como o nome sugere, estuda infecções, que sao processos e nao partes anatômicas. Isto gera um paradoxo, pois ao mesmo tempo em que é uma especialidade médica, a infectologia mantém uma visão geral e ampla do corpo humano e do ambiente no qual este se insere. Em harmonia com esta visão ambiental, destaca-se a dinâmica do objeto de estudo do infectologista, objeto este que varia com o tempo e com o espaço. Dado que a prevalência e até mesmo a forma de manifestação das doenças infecciosas dependem da região (floresta, montanha, centro urbano, litoral, ...) e do momento histórico (revoluções culturais, sociais, políticas, guerras, comportamentos, epidemias, religiões, ideologias ...)
Na prática e no cotidiano atual, existem algumas grandes aéreas de atuação do médico infectologista: AIDS/HIV, medicina tropical, CCIH e doenças piogênicas.

INFECTOLOGIA E HIV
Dado que a grande prevalencia do HIV no mundo, como epidemia emergente, muitos infectologistas se dedicam ao estudo e/ou ao tratamento clínicos dos pacientes portadores deste vírus, estando o HIV/SIDA hoje, estritamente ligado ao campo de abrangencia do infectologista.

INFECTOLOGIA e Medicina tropical
A medicina tropical é outro grande campo de atuação dos infectologistas, principalmente nas regiões tropicais, onde há prevalencia de doenças específicas, como malária, febre amarela, dengue, raiva, criptococose, esporotricose, leishmaniose, peste, hantavirose, ebola e outras viroses que causam febres hemorrágicas. Em ambito mundial, a FIOCRUZ é um grande centro de referência em pesquisa e tratamento de doenças infecciosas, especialmente doenças tropicais.

INFECTOLOGIA e CCIH
Os infectologistas estão presentes nas comissões de controle de infecções hospitalares (CCIH), outra grande área de estudo e atuação da infectologia atual, que se fez necessária graças ao desenvolvimento do ambiente hospitalar, principalmente com a difusão dos centros de terapia intensiva (CTI), onde devido o uso frequente de antibióticos de largo espectro de ação, inúmeras bactérias e fungos desenvolvem resistência e peculiaridades próprias.

INFECTOLOGIA e doenças piogênicas
As doenças piogênicas, descrição genérica e pouco usual no meio médico, que abrange uma grande lista de doenças infecciosas comuns na prática médica (pneumonia, meningite, piodermite, gastroenterite, sinusite, colite, e outras), se constitui na verdade como uma área de atuação do clínico geral ou de alguma outra especialidade. Pois as infecções pulmonares, intestinais, oftalmológicas, cerebrais, dermatológicas e assim por diante, frequetemente sao tratadas e acompanhadas pelo especialista "anatômico" ou pelo médico clínico geral, sendo o infectologista o atuante nesses casos quando o quadro torna-se complicado ou quando o próprio infectologista encontra-se no papel de clinico geral, em emergências ou CTIs.

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